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Homenagem Nacional aos Mortos da Grande Guerra

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Decorreu ontem, dia 10 de novembro, de manhã, a cerimónia de Homenagem Nacional aos Mortos da Grande Guerra - Evocação do centenário da 1.ª Grande Guerra, na praça 5 de outubro.

 

A iniciativa, promovida pelo Núcleo de Torres Novas da Liga dos Combatentes com o apoio da câmara municipal, teve como principais momentos a deposição de flores junto ao monumento aos mortos da Grande Guerra, os discursos oficiais e o descerramento de uma placa alusiva à data.

 

Para Pedro Ferreira, presidente da Câmara Municipal de Torres Novas, «evocar o centenário da Grande Guerra, onde valores humanos e sobretudo patrióticos merecem e merecerão sempre ser enaltecidos, deverá servir também para que o mundo e sobretudo a Europa, nestas comemorações, se debrucem sobre os principais valores humanos a defender e a expandir, a bem de uma fraternidade universal».

 

Recordando os soldados portugueses que, mal preparados e mal equipados, em 1916, incorporam o corpo expedicionário, tendo-se batido com bravura e sobretudo amor à pátria e pela defesa de valores cívicos, o autarca destacou: «Torres Novas participou ativamente nesta Grande Guerra através da participação de muitos jovens militares, oriundos das nossas aldeias e da então vila. Gente simples, ligados às mais diversas atividades, sobretudo agrícolas, sem habilitações literárias especiais, alguns certamente sem saberem tampouco escrever, mas com uma alma grande, sobretudo com um grande amor à pátria e dispostos a dar a vida por ela e pelos valores morais que os seus pais lhes tinham transmitido.»

 

Na cerimónia foi lida a mensagem do Presidente da República para as cerimónias evocativas do centenário da Primeira Grande Guerra que também enaltece a simplicidade e coragem dos soldados portugueses: «A Grande Guerra marcou decisivamente o percurso da história contemporânea europeia e mundial. Foi uma rutura de dimensões múltiplas, que determinou o fim dos grandes Impérios, redesenhou o mapa político da Europa e alterou as relações de poder entre os Estados. Foi o termo de um longo período de paz e da ilusão de que a interdependência económica e financeira das potências tornaria improvável qualquer ato de agressão. (…) Da História da guerra fica o exemplo extraordinário da coragem e do amor à pátria do soldado português. Fica o testemunho sublime de uma vontade inquebrantável, de uma capacidade de sofrimento e de um espírito de sacrifício sem limites de um punhado de portugueses que honraram Portugal nos campos de batalha de África e da Flandres. Para sempre ficaram, também, as histórias e proezas vividas por homens simples. Os laços de camaradagem forjados na dureza da campanha, as amizades e as cumplicidades na partilha das horas amargas e dos momentos fugazes de alegria, a recordação dos que tombaram a seu lado no cumprimento do dever, das famílias que compartilharam no silêncio a dor da perda, dos lares feridos pelos vazios jamais preenchidos e pelos projetos nunca concretizados. Serviram Portugal com total desprendimento e a humildade dos grandes. O seu esforço não foi em vão. É vital que olhemos e aprendamos com o passado, nunca deixando de valorizar a Paz e a Liberdade e nunca subestimando o esforço daqueles que as conquistaram e as mantêm.»

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